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viernes, 15 de marzo de 2013

Rochas dão indícios de consequências do aquecimento global

04/02/2013

JUSTIN GILLIS
DO "NEW YORK TIMES"



Uma equipe de cientistas percorreu uma estrada de terra em dois carros. Depois de procurar o dia todo por antigas praias a quilômetros de distância do atual litoral, eles estavam quase desistindo.
De repente, o carro da frente parou. Paul J. Hearty, um geólogo da Carolina do Norte, saltou e apanhou um objeto branco ao lado da estrada: uma concha fossilizada. Ele sorriu. Em poucos minutos, a equipe tinha coletado outras dezenas de conchas.
Usando equipamentos via satélite, eles determinaram que estavam a 11 quilômetros do litoral e a 19 metros acima do litoral moderno da África do Sul.
Para a chefe da equipe, Maureen E. Raymo, da Universidade Columbia em Nova York, a descoberta foi uma pista importante. Sua pesquisa tenta determinar até que altura os oceanos poderão subir em um mundo mais quente.
A questão adquiriu nova urgência depois do furacão Sandy, que causou inundações costeiras nos Estados Unidos. Segundo cientistas, certamente a tempestade foi agravada pela elevação do nível do mar no último século. Esse tipo de maré de tempestade, segundo especialistas, poderá tornar-se rotineiro nos litorais no final deste século se o oceano subir com a velocidade que eles preveem.
Uma quantidade suficiente de gelo polar derrete quando a temperatura da Terra aumenta apenas alguns graus, podendo elevar o nível marinho global de 7,5 metros a 9 metros. Mas, no próximo século, a temperatura da Terra deverá aumentar quatro ou cinco graus, por causa do aumento do nível de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa.
Especialistas dizem que as emissões desses gases, que deverão causar um grande aumento do nível do mar, poderão ocorrer nas próximas décadas. Eles temem que, como os litorais do mundo são densamente povoados, a ascensão dos oceanos provoque uma crise humanitária que dure séculos.
"Eu gostaria de poder levar comigo para o campo as pessoas que questionam a importância do aumento do nível do mar", disse Raymo.
O registro fóssil não indica nada parecido com o rápido lançamento de gases do efeito estufa de hoje e suas consequências para o aumento da temperatura do planeta. "Absolutamente, inequivocamente, a natureza já mudou antes", disse Richard B. Alley, um climatologista da Universidade Estadual da Pensilvânia. "Mas parece que vamos fazer algo maior e mais rápido do que a natureza já fez."
Raymo está tentando encontrar uma era com temperaturas que reflitam as esperadas até 2100. Ela concentra-se no período pliocênico, 3 milhões de anos atrás. O dióxido de carbono no ar então parece ter sido cerca de 400 partes por milhão --um nível que será alcançado novamente nos próximos anos, depois de dois séculos de queima de combustível fóssil.
Ela e sua equipe dirigiram centenas de quilômetros ao longo das costas sul e oeste da África do Sul procurando praias pré-históricas. A equipe localizou praias supostamente do Plioceno em locais de 11 a 33 metros acima do nível atual do mar. Em um trabalho semelhante na Austrália e na costa leste dos EUA, pesquisadores encontraram praias do Plioceno de dez metros a até 88 metros acima do nível do mar.
Parte da explicação para essas elevações variáveis, diz a doutora Raymo, é que a própria Terra movimentou-se de maneira desigual nos últimos 3 milhões de anos. "Uma grande parte da tarefa que temos é elucidar essa dança que a crosta da Terra faz com o nível do mar", disse Raymo.
Sua equipe pretende coletar medições da maioria dos continentes. Eles esperam chegar ao número mágico que a doutora Raymo chama de "pliomax" --a ascensão máxima do nível do mar global durante o Plioceno.
As estimativas anteriores do nível do mar nesse período geológico variam de 4,5 a 39 metros acima do oceano atual. Se o trabalho de Raymo confirmar as estimativas mais altas, ele poderá indicar que a camada de gelo no leste da Antártida --o maior bloco de gelo do mundo, contendo água suficiente para elevar o nível do mar em 54 metros,-- também é vulnerável à fusão. Os cientistas não compreendem totalmente o porquê.
Assim, o projeto poderá definir um limite de quanto o oceano poderá subir se as temperaturas aumentarem como se espera neste século.
Pesquisa recente sugere que a elevação provável será de quatro metros até 2300, inundando regiões costeiras em todo o mundo.
Se a elevação for mais lenta do que o esperado, a população terá tempo para se adaptar. Mas muitos cientistas temem que seus cálculos tenham sido conservadores demais.
"A cada ponto, conforme nosso conhecimento aumenta, sempre descobrimos que o sistema climático é mais sensível do que pensávamos, não menos", disse a doutora Raymo.



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